Os servidores da Fasepa estão em estado de greve e, no próximo
dia 22, votarão se irão paralisar as atividades, às 9 horas da manhã, em frente
à Fasepa, conforme anunciou o minitor Carlos Evandro Palheta. “Não há política
de assistência sem a valorização funcional. Esses servidores desenvolvem um
trabalho extremamente importante para a construção de uma sociedade mais justa”,
destacou Edmilson.
O ante-projeto do PCCR da Fasepa está sob a análise da
Secretaria de Estado de Administração (Sead), desde 2010. O plano faz parte da
reestruturação técnico-operacional do atendimento sócio-educativo e valorização
dos 1.800 servidores da entidade. O projeto, que ainda deverá ser enviado à
Alepa para votação, prevê a equiparação salarial com outras fundações públicas e
50% de Gratificação de Alta Complexidade aos servidores que atuam na internação
e semi-liberdade e 30% para os que estão na área meio.
Durante o evento, os servidores cobraram mais segurança e
infra-estrutura nas unidades de internação. “Não estamos cobrando só dinheiro,
mas melhores condições de trabalho”, reclamou o monitor José Moura, um dos que
se pronunciou na sessão. A categoria denunciou as ocorrências constantes de
fugas e resgates de socioeducandos, a violência entre os internos e também as
ameaças de morte e agressões contra monitores, assim como a proliferação de
ratos e insetos e a existência de custodiados doentes graves, como tuberculose e
AIDS.
O líder do governo na Alepa, deputado Márcio Miranda (DEM),
assumiu o compromisso de garantir mais recursos para a Fasepa na votação do
Orçamento de 2013. Já o deputado Raimundo Santos (PR), que presidiu a sessão,
disse que proporá uma audiência pública para retomar o debate da falta de
infra-estrutura nas unidades.
A presidente da Fasepa, Ana Célia Cruz, disse que, como
servidora da instituição, defendeu o PCCR e afirmou que a implementação do plano
é uma das metas da administração, assim como a capacitação continuada e a
melhoria da infra-estrutura, mas contestou a afirmação de insalubridade no trato
com os adolescentes em conflito com a lei. “As situações (de agressões e ameaças
a monitores) são circunstanciais”, disse, apesar de reconhecer que é uma
atividade de risco.
Também participaram da sessão, o deputado Alfredo Costa (PT); o
coordenador do Programa de Defesa da Criança e do Adolescente (Pró-DCA), Max
Costa; o presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais do Pará, Edmar Duarte;
o dirigente do Movimento por Melhorias no Atendimento Socieducativo e
funcionário da Fasepa, Josué Araújo; e o presidente do Sindicato dos Servidores
Públicos das Fundações e Entidades Assistenciais e Culturais do Estado do Pará,
Marcos Afonso Moraes.
Assessoria de Imprensa
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