
Após 5 horas e 30 minutos rebelados, os internos da Unidade de Integração social (Unis), localizada em Cariacica, decidiram, após negiações, acabar com a revolta. Foram momentos de muita tensão desde as 16h30, iníco do motim, até o final da rebelião, às 22h. O prédio da Unis ficou completamente cercado por 100 Policiais do Batalhão de Missões Especiais (BME). A polícia não precisou invadir a unidade para por fim à rebelião.Aproximadamente 133 menores infratores participaram do quebra-quebra na unidade. Pelo menos dois agentes sócio-educativos foram feitos reféns, segundo informações da polícia. Um deles chegou a ser enrolado em um colchão e espancado pelos infratores.Segundo o tenente Pablo, a unidade é composta por duas galerias e em cada uma delas havia um refém em cima do prédio com os infratores. De acordo com o militar, bombas de gás lacrimogênio foram usadas para dispersar os jovens que por alguns momentos aparentaram querer atear fogo no refém que se encontrava no prédio da galeria A.Já o outro agente não sofreu agressões físicas. No entanto, um dos rebelados que segurava o refém teria queimando a perna do agente penitenciário com um fio de eletricidade. Mas a informação não foi confirmada pela assessoria do Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo (Iases).A telefonista Rita de Jesus Silva, 35 anos, acompanhou tensa a rebelião. Ela é irmã do agente penitenciário Paulo de Jesus Silva, de 38 anos, que trabalha no complexo há cerca de um mês. "Minha mão gelou ao vê-lo refém". O nome do outro refém não foi informado. Os dois foram liberados no final da noite pelos infratores. Os adolescentes atearam fogo em colchões no terraço da unidade e as chamas foram alimentadas com outros produtos inflamáveis como madeira e tecidos. Os amotinados estavam bastante inquietos e a todo momento promoviam gritarias e batiam com pedaços de pau na laje onde a maioria dos internos ficou concentrada.A maioria dos internos ficou com os rostos encobertos por camisas na tentativa de camuflar a identidade. Do alto do terraço era possível visualizar uma grande nuvem de fumaça provocada pelo fogo iniciado com o motim. O Corpo de Bombeiros esteve no local, mas não foi precisou intervir, pois não havia a possibilidade das chamas atingirem outros setores da unis.Um policial, que acompanhou o desenrolar da rebelião, contou que o tumulto na Unis começou ainda pela manhã. Por volta das 9h, pelo menos cinco internos teriam fugido da unidade. O plano de fuga envolvia outros menores infratores, mas a direção da unidade conseguiu frustrar que outros menores infratores escapassem do prédio. Foi a partir desse momento que o clima começou a ficar tenso e no meio da tarde, os adolescentes deram início a rebelião.
Fonte: http://www.gazetaonline.globo.com/ 05/05/2010 - 22h36 (Carla Einsfeld - gazeta online).
Palavra dos Administradores: Mais uma rebelião e pais de familia que estão trabalhando, voltaram para casa machucados e provavelmente com problemas psicologicos, sem falarmos daqueles que no momento de conter esta rebelião, sofreram ameaças. Neste inicio de ano já tivemos, no País, dois Agentes mortos e três rebeliões (somente as que foram noticiadas pela imprensa) sem falarmos dos resgates destes bandidos, os motins, as agressões que nunca é conhecido pelo grande público pois isto é coisa que não dá votos.
Nós Agentes de Segurança Socioeducativo de Minas Gerais queremos o porte de arma pois temos familia, temos filhos e filhas e não queremos que eles venham sofrer por falha do sistema.
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