Fuga em massa só não aconteceu porque detentos erraram o cálculo e foram descobertos por agentes penitenciários
RICARDO VASCONCELOS
Por um erro de cálculo na escavação de um túnel, cerca de 30 presos não protagonizaram uma fuga em massa, na madrugada da última segunda-feira, no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte. A ação frustrada ocorreria simultaneamente à fuga bem-sucedida de 12 presos na Penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) deverá investigar se houve alguma relação nas duas ações. Por causa da onda recente de fugas e motins nas unidades prisionais de Minas, a tentativa de fuga era mantida sob sigilo pela Seds. No entanto, a reportagem do Super Notícia teve acesso exclusivo ao plano dos presos, que teria sido tramado há cerca de 30 dias, quando os detentos realizaram um motim.
Conforme revelou um dos agentes penitenciários do Ceresp Gameleira, que pediu para não ser identificado, os detentos aproveitaram o fato de que as celas não estavam passando por vistorias para planejarem a fuga. Assim, eles puderam esconder no banheiro a terra retirada na escavação do túnel. "Primeiro, usando barras de ferro das celas, eles cavaram um buraco em uma das paredes para que pudessem vigiar os agentes. Depois, fizeram uma perfuração no chão e passaram a cavar o buraco. A terra foi colocada em cobertores, que eram amontoados no banheiro", explicou.
De acordo com o agente, o plano previa um túnel em linha reta de aproximadamente 15 m, ligando a cela 67 ao antigo estacionamento do Ceresp, na saída para a rua Cândido de Souza. Por uma falha de cálculo, os presos cavaram de 3 a 4 m a menos, e a saída do túnel deu em uma sala do Grupo de Intervenção Tática (GIT), onde ficam armas e equipamentos dos agentes para conter fugas, motins e rebeliões.
"Como faltavam poucos centímetros para se chegar ao chão, o piso cedeu, e na tarde de segunda-feira, quando os presos não estavam escavando, os agentes encontraram o buraco e frustraram o plano de fuga", explicou.
Segundo o informante, caso chegassem à sala, os detentos teriam acesso a escopetas calibre 12, pistolas .40, coletes à prova de balas e bombas de gás lacrimogêneo. "Ao perceberem que não ganhariam a rua, eles poderiam promover a maior rebelião de Minas, inclusive com mortes", afirmou.
Depois de encontrarem o buraco, os agentes transferiram os presos para outra cela, para que fossem feitos uma reforma e o fechamento do túnel.
Caso os cerca de 30 detentos conseguissem escapar, outros 30, da cela 68, que fica ao lado, passariam a cavar um túnel ligando as duas celas para fugirem pelo mesmo buraco. "Seria uma das maiores fugas no Ceresp, com estupradores, assassinados e ladrões ganhando as ruas da cidade", acrescentou o agente penitenciário.
Fonte: http://www.otempo.com.br
RICARDO VASCONCELOS
Por um erro de cálculo na escavação de um túnel, cerca de 30 presos não protagonizaram uma fuga em massa, na madrugada da última segunda-feira, no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte. A ação frustrada ocorreria simultaneamente à fuga bem-sucedida de 12 presos na Penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) deverá investigar se houve alguma relação nas duas ações. Por causa da onda recente de fugas e motins nas unidades prisionais de Minas, a tentativa de fuga era mantida sob sigilo pela Seds. No entanto, a reportagem do Super Notícia teve acesso exclusivo ao plano dos presos, que teria sido tramado há cerca de 30 dias, quando os detentos realizaram um motim.
Conforme revelou um dos agentes penitenciários do Ceresp Gameleira, que pediu para não ser identificado, os detentos aproveitaram o fato de que as celas não estavam passando por vistorias para planejarem a fuga. Assim, eles puderam esconder no banheiro a terra retirada na escavação do túnel. "Primeiro, usando barras de ferro das celas, eles cavaram um buraco em uma das paredes para que pudessem vigiar os agentes. Depois, fizeram uma perfuração no chão e passaram a cavar o buraco. A terra foi colocada em cobertores, que eram amontoados no banheiro", explicou.
De acordo com o agente, o plano previa um túnel em linha reta de aproximadamente 15 m, ligando a cela 67 ao antigo estacionamento do Ceresp, na saída para a rua Cândido de Souza. Por uma falha de cálculo, os presos cavaram de 3 a 4 m a menos, e a saída do túnel deu em uma sala do Grupo de Intervenção Tática (GIT), onde ficam armas e equipamentos dos agentes para conter fugas, motins e rebeliões.
"Como faltavam poucos centímetros para se chegar ao chão, o piso cedeu, e na tarde de segunda-feira, quando os presos não estavam escavando, os agentes encontraram o buraco e frustraram o plano de fuga", explicou.
Segundo o informante, caso chegassem à sala, os detentos teriam acesso a escopetas calibre 12, pistolas .40, coletes à prova de balas e bombas de gás lacrimogêneo. "Ao perceberem que não ganhariam a rua, eles poderiam promover a maior rebelião de Minas, inclusive com mortes", afirmou.
Depois de encontrarem o buraco, os agentes transferiram os presos para outra cela, para que fossem feitos uma reforma e o fechamento do túnel.
Caso os cerca de 30 detentos conseguissem escapar, outros 30, da cela 68, que fica ao lado, passariam a cavar um túnel ligando as duas celas para fugirem pelo mesmo buraco. "Seria uma das maiores fugas no Ceresp, com estupradores, assassinados e ladrões ganhando as ruas da cidade", acrescentou o agente penitenciário.
Fonte: http://www.otempo.com.br
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