O crack é o produto da mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada com bicarbonatode sódio e água. Se aquecido a mais de 100ºC, o composto passa por um processo de decantação, em que as substâncias líquidas e sólidas são separadas. O resfriamento da porção sólida gera a pedra de crack, que concentra os princípios ativos da cocaína.
A ação no cérebro dura entre cinco e dez minutos, período em que é potencializada a liberação de neurotransmissores como dopamina, serotonina e noradrenalina. O efeito imediato inclui sintomas como euforia, agitação, sensação de prazer, irritabilidade, alterações da percepção e do pensamento, assim como alterações cardiovasculares e motoras, como taquicardia e tremores.
Entre os efeitos e consequências gerados pelo uso da droga, estão as doenças pulmonares e cardíacas, os sintomas digestivos e as alterações na produção e captação de neurotransmissores. O resultado pode gerar uma variedade de manifestações neurológicas, incluindo acidente vascular cerebral, dor de cabeça, tonturas, inflamações dos vasos cerebrais, atrofia cerebral e convulsões.
As vias aéreas também são muito afetadas. A alta temperatura da fumaça do crack pode causar queimaduras nos tecidos da laringe, traqueia e brônquios, que sofrem os efeitos das substâncias tóxicas presentes na droga, como resíduos da gasolina e solvente. Em relação à circulação, o uso do crack provoca o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, podendo ocorrer isquemias e infartos agudos do coração.
O pulmão é o principal órgão exposto aos produtos da queima do crack. Os sintomas respiratórios agudos mais comuns são: tosse, dor no peito (com ou sem falta de ar), escarro com presença de sangue ou enegrecido e piora de asma. O escarro escuro é característico do uso do crack e é atribuído à inalação de resíduos de carbono de materiais utilizados para acender o cachimbo com a droga.
O aparelho digestivo também não fica de fora. A digestão é prejudicada e são comuns os sintomas como náusea, perda de apetite, flatulência, dor abdominal e diarreia.
Os efeitos neurológicos e piscológicos são devastadores. O crack pode afetar a capacidade de solução de problemas, a flexibilidade mental e a velocidade de processamento de informações, com prejuízos à memória, atenção e concentração.
As relações familiares e sociais também se deterioram. Quando o uso da droga se torna frequente, a pessoa deixa de sentir prazer em outros aspectos da vida, como o convívio com parentes e amigos. Toda a dinâmica familiar e social é afetada por esse comportamento, fragilizando os relacionamentos.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack
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