Por: Soraya Batista
Especialista da UFF afirma que falar ao telefone celular dirigindo reduz em quatro vezes o tempo de reação do motorista. Clique aqui e assista ao vídeo na TV O FLU
O uso do celular se tornou essencial na vida moderna e muitas pessoas se tornaram tão dependentes do aparelho, que mesmo quando estão dirigindo, não conseguem deixá-lo de lado. Mas a atitude, além de ser uma infração do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) com pena de multa, pode ser um perigo nas estradas, pois, na opinião de especialistas, tira a concentração do motorista e aumenta o risco de acidentes.
Segundo a Niterói Transporte e Trânsito (NitTrans), o número de autuações aplicadas na cidade, obedecendo ao artigo do CTB que proíbe o uso de telefones celulares ou fones de ouvidos ao volante, em 2010, foi de 5.164. Em 2011, de janeiro a abril, o número de autuações alcança até agora 996, uma diminuição em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 1.548 notificações. Mas mesmo com a diminuição, os números continuam elevados.
De acordo com o especialista em trânsito Walber Paschoal, doutor em engenharia de transportes da Universidade Federal Fluminense (UFF), não há estatística consolidada no Brasil. No entanto, estudos ligados a entidades americanas mostram o perigo do uso do celular no trânsito.
“Quando você dirige falando ao celular, aumenta em quatro vezes o tempo de ação e reação no trânsito. Os estudos também comprovam que a percepção do motorista diminui cerca de 37%. Nesse período em que ele está falando ao celular, a percepção fica igual a de um motorista que está dirigindo alcoolizado, a diferença é que quem está embriagado fica com uma percepção menor durante todo o tempo, não durante apenas um período e as consequências são mais drásticas”, explica.
Walber esclarece que o tempo de ação e reação de uma pessoa sóbria e sem distrações, varia de 0,75 a 2 segundos. Quanto maior o tempo, maior o risco de acidentes.
“Quando um motorista está dirigindo a 40 km/h e perde a concentração durante um segundo, o carro irá andar, nesse pequeno espaço de tempo, cerca de 11 metros”, diz.
O especialista afirma que o fato de o motorista não utilizar as duas mãos no volante, como determina o CTB, tira a concentração do que está acontecendo ao redor.
“Essa perda da concentração quando falamos ao celular pode ser comparada à situação de um motorista que dirige e dá o troco aos passageiros ao mesmo tempo. Além de aumentar os perigos de acidentes, também é um desvio de função”, afirma.
Possibilidade de multa não assusta
Muitos motoristas sabem que dirigir falando ao celular é uma infração, mas insistem em atender ao telefone por acreditar que isso não é nada de mais e vão desligar logo. O autônomo André Rodrigues, de 31 anos, diz que nunca levou nenhuma multa, mas não deixa de atender ao celular quando está dirigindo.
“Geralmente minha mulher coloca o celular no viva-voz, mas quando eu estou sozinho, nunca deixo de atender. Mas eu tenho consciência de que isso tira a minha concentração no trânsito. Na verdade, até o fato de eu mudar a estação da rádio, ou quando eu coloco um CD no som do carro, já me distrai”, admite.
Outras – Apesar do alto número de autuações obedecendo o artigo n° 7366 do CTB, esta não é a infração mais cometida pelos niteroienses. De acordo com os dados da NitTrans, a maior parte das 11.537 multas aplicadas na cidade de janeiro de 2010 a abril de 2011 foi por estacionamento em locais proibidos, inclusive, em faixas de pedestres.
Foto:Muitos motoristas ainda falam ao celular enquanto dirigem./André Redlich
Fonte:http://jornal.ofluminense.com.br
Especialista da UFF afirma que falar ao telefone celular dirigindo reduz em quatro vezes o tempo de reação do motorista. Clique aqui e assista ao vídeo na TV O FLU
O uso do celular se tornou essencial na vida moderna e muitas pessoas se tornaram tão dependentes do aparelho, que mesmo quando estão dirigindo, não conseguem deixá-lo de lado. Mas a atitude, além de ser uma infração do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) com pena de multa, pode ser um perigo nas estradas, pois, na opinião de especialistas, tira a concentração do motorista e aumenta o risco de acidentes.
Segundo a Niterói Transporte e Trânsito (NitTrans), o número de autuações aplicadas na cidade, obedecendo ao artigo do CTB que proíbe o uso de telefones celulares ou fones de ouvidos ao volante, em 2010, foi de 5.164. Em 2011, de janeiro a abril, o número de autuações alcança até agora 996, uma diminuição em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 1.548 notificações. Mas mesmo com a diminuição, os números continuam elevados.
De acordo com o especialista em trânsito Walber Paschoal, doutor em engenharia de transportes da Universidade Federal Fluminense (UFF), não há estatística consolidada no Brasil. No entanto, estudos ligados a entidades americanas mostram o perigo do uso do celular no trânsito.
“Quando você dirige falando ao celular, aumenta em quatro vezes o tempo de ação e reação no trânsito. Os estudos também comprovam que a percepção do motorista diminui cerca de 37%. Nesse período em que ele está falando ao celular, a percepção fica igual a de um motorista que está dirigindo alcoolizado, a diferença é que quem está embriagado fica com uma percepção menor durante todo o tempo, não durante apenas um período e as consequências são mais drásticas”, explica.
Walber esclarece que o tempo de ação e reação de uma pessoa sóbria e sem distrações, varia de 0,75 a 2 segundos. Quanto maior o tempo, maior o risco de acidentes.
“Quando um motorista está dirigindo a 40 km/h e perde a concentração durante um segundo, o carro irá andar, nesse pequeno espaço de tempo, cerca de 11 metros”, diz.
O especialista afirma que o fato de o motorista não utilizar as duas mãos no volante, como determina o CTB, tira a concentração do que está acontecendo ao redor.
“Essa perda da concentração quando falamos ao celular pode ser comparada à situação de um motorista que dirige e dá o troco aos passageiros ao mesmo tempo. Além de aumentar os perigos de acidentes, também é um desvio de função”, afirma.
Possibilidade de multa não assusta
Muitos motoristas sabem que dirigir falando ao celular é uma infração, mas insistem em atender ao telefone por acreditar que isso não é nada de mais e vão desligar logo. O autônomo André Rodrigues, de 31 anos, diz que nunca levou nenhuma multa, mas não deixa de atender ao celular quando está dirigindo.
“Geralmente minha mulher coloca o celular no viva-voz, mas quando eu estou sozinho, nunca deixo de atender. Mas eu tenho consciência de que isso tira a minha concentração no trânsito. Na verdade, até o fato de eu mudar a estação da rádio, ou quando eu coloco um CD no som do carro, já me distrai”, admite.
Outras – Apesar do alto número de autuações obedecendo o artigo n° 7366 do CTB, esta não é a infração mais cometida pelos niteroienses. De acordo com os dados da NitTrans, a maior parte das 11.537 multas aplicadas na cidade de janeiro de 2010 a abril de 2011 foi por estacionamento em locais proibidos, inclusive, em faixas de pedestres.
Foto:Muitos motoristas ainda falam ao celular enquanto dirigem./André Redlich
Fonte:http://jornal.ofluminense.com.br
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