O estudante Natanael Perpétuo Oliveira Lisboa, 16 anos, morreu com suspeita de overdose de cocaína no final da tarde de anteontem, no Hospital de Base, em Rio Preto. O adolescente morava em Nova Granada e participava com os amigos do carnaval realizado na praça Matriz da cidade quando passou mal. A festa era organizada pela Prefeitura. O corpo do jovem foi enterrado ontem. O caso será investigado pela Polícia Civil de Nova Granada.
O Hospital de Base (HB) registrou um boletim de ocorrência no Plantão Policial de Rio Preto para informar as autoridades policiais que Lisboa ingressou na instituição médica à 1h06 do dia 20, “com arritmia provavelmente causada pelo uso de cocaína”. Segundo a assessoria do hospital, o adolescente recebeu atendimento especializado, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu às 17h. No atestado de óbito consta causa da morte a esclarecer. Legistas do Instituto Médico Legal (IML) retiraram vísceras do corpo. A análise vai esclarecer o que realmente matou o jovem. O laudo deve ficar pronto no prazo de 30 dias.
É a segunda tragédia que se abateu sobre a família Lisboa no período de Carnaval. Hoje completa três anos que a mãe do adolescente, Maria Estela de Oliveira, morreu após se sentir mal. Ela era fumante compulsiva. “A gente cria um filho com muitos objetivos e carinho. É duro enterrá-lo. O coração fica apertado demais. Pedi a Deus para dar força para a gente tocar a vida”, afirma o pedreiro Ronaldo Antônio Lisboa. Ele afirmou para a reportagem que o filho não usava drogas.
Na noite de domingo, o jovem estava na praça principal de Nova Granada para participar da tradicional festa popular. “Há suspeita de ter sido overdose. A gente não quer isso nem para um animal. Os colegas falam que ele usou (a droga). O carnaval traz diversão para as pessoas. Faltou atitude para o meu filho”, afirma Ronaldo.
O bombeiro civil Leandro Ribeiro, que participava da festa, afirma que o estudante estava caminhando quando desmaiou e caiu no chão. Prontamente, os colegas o colocaram em um banco da praça e pediram ajuda. “Chamamos uma ambulância e o levamos para o Pronto Socorro de Nova Granada. Depois, foi transferido para Rio Preto. Mas, na própria praça, ele já estava inconsciente. Não respirava”, afirma Ribeiro, que é amigo da família e participou do velório.
Sonho
Familiares contaram que Lisboa trabalhava como garçom em Nova Granada. Tinha fama na família de ser um rapaz tranquilo. Aproveitava o tempo livre para jogar futebol, a sua paixão. Era caçula. Ele estava atrasado na escola. Cursava o oitavo ano do ensino fundamental. Apesar disso, nutria o sonho, conforme relata o pai, de se tornar um médico veterinário. O clima no velório de Nova Granada era de muita tristeza. Parentes e amigos foram se despedir do jovem e ficaram sentados pelos cantos do cemitério, quase sem trocar palavra, à espera do sepultamento.
Quando a reportagem chegou, por volta das 14h, Ronaldo estava sozinho, desolado, em uma sala ao lado onde estava o corpo do filho. O enterro foi realizado às 18h. A Polícia Civil de Nova Granada não havia sido informada ontem sobre a morte do jovem. O caso foi registrado no Plantão Policial de Rio Preto, que vai enviar o boletim de ocorrência para a cidade vizinha apurar o fato. O prefeito de Nova Granada, o padre Aparecido Donizete Marteli, foi procurado ontem por telefone pela reportagem para informar se o carnaval realizado pelo município tinha infraestrutura para oferecer atendimento médico para a população, mas não quis falar sobre o fato. “Tem que procurar informação no PS (Pronto Socorro) da cidade”, e encerrou a ligação.
Recado
Apesar de estar transtornado, o pedreiro fez questão de deixar um recado para a população. “Espero que a morte do meu filho sirva de alerta para o jovem, e não aconteça com outra família. Uma pena que ele foi no embalo dos outros. É uma dor muito grande. O que eu estou passando não desejo para ninguém.”
O Hospital de Base (HB) registrou um boletim de ocorrência no Plantão Policial de Rio Preto para informar as autoridades policiais que Lisboa ingressou na instituição médica à 1h06 do dia 20, “com arritmia provavelmente causada pelo uso de cocaína”. Segundo a assessoria do hospital, o adolescente recebeu atendimento especializado, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu às 17h. No atestado de óbito consta causa da morte a esclarecer. Legistas do Instituto Médico Legal (IML) retiraram vísceras do corpo. A análise vai esclarecer o que realmente matou o jovem. O laudo deve ficar pronto no prazo de 30 dias.
É a segunda tragédia que se abateu sobre a família Lisboa no período de Carnaval. Hoje completa três anos que a mãe do adolescente, Maria Estela de Oliveira, morreu após se sentir mal. Ela era fumante compulsiva. “A gente cria um filho com muitos objetivos e carinho. É duro enterrá-lo. O coração fica apertado demais. Pedi a Deus para dar força para a gente tocar a vida”, afirma o pedreiro Ronaldo Antônio Lisboa. Ele afirmou para a reportagem que o filho não usava drogas.
Na noite de domingo, o jovem estava na praça principal de Nova Granada para participar da tradicional festa popular. “Há suspeita de ter sido overdose. A gente não quer isso nem para um animal. Os colegas falam que ele usou (a droga). O carnaval traz diversão para as pessoas. Faltou atitude para o meu filho”, afirma Ronaldo.
O bombeiro civil Leandro Ribeiro, que participava da festa, afirma que o estudante estava caminhando quando desmaiou e caiu no chão. Prontamente, os colegas o colocaram em um banco da praça e pediram ajuda. “Chamamos uma ambulância e o levamos para o Pronto Socorro de Nova Granada. Depois, foi transferido para Rio Preto. Mas, na própria praça, ele já estava inconsciente. Não respirava”, afirma Ribeiro, que é amigo da família e participou do velório.
Sonho
Familiares contaram que Lisboa trabalhava como garçom em Nova Granada. Tinha fama na família de ser um rapaz tranquilo. Aproveitava o tempo livre para jogar futebol, a sua paixão. Era caçula. Ele estava atrasado na escola. Cursava o oitavo ano do ensino fundamental. Apesar disso, nutria o sonho, conforme relata o pai, de se tornar um médico veterinário. O clima no velório de Nova Granada era de muita tristeza. Parentes e amigos foram se despedir do jovem e ficaram sentados pelos cantos do cemitério, quase sem trocar palavra, à espera do sepultamento.
Quando a reportagem chegou, por volta das 14h, Ronaldo estava sozinho, desolado, em uma sala ao lado onde estava o corpo do filho. O enterro foi realizado às 18h. A Polícia Civil de Nova Granada não havia sido informada ontem sobre a morte do jovem. O caso foi registrado no Plantão Policial de Rio Preto, que vai enviar o boletim de ocorrência para a cidade vizinha apurar o fato. O prefeito de Nova Granada, o padre Aparecido Donizete Marteli, foi procurado ontem por telefone pela reportagem para informar se o carnaval realizado pelo município tinha infraestrutura para oferecer atendimento médico para a população, mas não quis falar sobre o fato. “Tem que procurar informação no PS (Pronto Socorro) da cidade”, e encerrou a ligação.
Recado
Apesar de estar transtornado, o pedreiro fez questão de deixar um recado para a população. “Espero que a morte do meu filho sirva de alerta para o jovem, e não aconteça com outra família. Uma pena que ele foi no embalo dos outros. É uma dor muito grande. O que eu estou passando não desejo para ninguém.”
Reportagem: Raul Marques
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