"Agentes de Segurança Socioeducativo ajudem ao SINDSISEMG a melhorar as condições do Sistema Socioeducativo, filiem-se, acessem e participem dessa conquista.

sábado, agosto 25, 2012

Servidores estaduais da Saúde denunciam assédio moral

A audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizada na tarde desta quinta-feira (23/8/12) foi marcada pela grande presença de profissionais da saúde, que lotaram o auditório da Casa munidos de contra-cheques, cartazes, narizes de palhaço e gritando palavras de ordem.
A reunião teve foco nas necessidades daqueles que trabalham no Sistema Público de Saúde e no assédio moral sofrido pelos profissionais que aderiram à greve realizada em junho deste ano. De acordo com a diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde), Neuza Freitas, não há sequer vale-transporte para os servidores da Fundação Hospitar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). "Os enfermeiros são responsáveis por muitos pacientes, muito mais do que o Conselho Regional de Enfermagem recomenda. Lutamos por uma redução de carga horária sem redução do salário. Queremos melhorias nas nossas condições de trabalho. Por isso, fizemos a greve. E o que recebemos em troca do Governo? A Tropa de Choque na porta do João XXIII. Companheiros agredidos dentro do hospital. Demissões de contratados por telefone, sem aviso prévio, algo claramente contra a lei. Corte do ponto dos grevistas. E a possibilidade de isso prejudicar nossa avaliação de desempenho”, disse. Ela afirmou também que o fato de o governo ter repassado o reajuste de salários apenas aos médicos foi o que provocou a greve.
A presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, ressaltou que todas as afirmações feitas pelos profissionais estão devidamente documentadas, comprovadas também por meio fotos e contracheques. “O governo trata mal o servidor público. Ele agenda reuniões para falar que tem diálogo, mas na verdade as negociações não trazem resultados efetivos. Temos uma prática antissindical no Estado. Minas Gerais é o ente federado que mais persegue seus trabalhadores. Não há respeito à Constituição, porque a greve é um direito legítimo”. Beatriz lamentou, ainda, a ausência da secretária de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Renata Vilhena, e do presidente da Fhemig, Antônio Carlos de Barros Martins, no que ela chamou de “estratégia do governo”. “Retiram o primeiro escalão das negociações, para evitar desgaste. Mandam representantes que são restritos pelos cargos e que não poderão, efetivamente, fazer nada”.
Segundo o diretor do Sind-Saúde Renato Almeida de Barros, houve acordo do Governo apenas com a Fundação Ezequiel Dias, Fhemig e Hemominas, não tendo sido discutida ainda a situação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e da Escola de Saúde Pública. "Pedimos uma reunião para isso e ainda não fomos atendidos. Mas precisamos, acima de tudo, da reposição dos salários cortados e da suspensão das ameaças sofridas pelos grevistas. Sem isso, provavelmente iremos à greve novamente!”, alertou. Outro diretor do Sind-Saúde, Reginaldo Tomaz de Jesus, também manifestou insatisfação com o fato de as negociações com o governo não serem colocadas em prática. O Técnico de Gestão de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Victor Pereira, ressaltou o fato de que as equipes nos postos de saúde e hospitais são multidisciplinares, englobando enfermeiros, técnicos e auxiliares. “É injusto apenas os médicos terem reajuste. É muita desigualdade. E o paciente depende de todos. Como pode termos nossos direitos trabalhistas negados? Carregamos o SUS nas costas! Não há macas, não há cadeiras. E as fundações é que são beneficiadas”, desabafou.
Governo promete apurar denúncias
A Diretora Central de Carreiras e Remuneração Luciana Meireles Ribeiro, que representou a secretária Renata Vilhena, anunciou projeto de lei de autoria do Governo de Minas que colocará o valor de R$ 660 como base de cálculo para a taxa de insalubridade dos servidores estaduais da saúde. Segundo ela, o projeto deverá ser enviado à ALMG em breve e o governo está providenciando o estabelecimento de um adicional noturno aos trabalhadores.
Luciana assumiu o compromisso de encaminhar as reivindicações dos servidores à secretária e disse que as denúncias apresentadas são graves e a Seplag tem todo o interesse em apurar as irregularidades. Ela disse também que será publicada em breve a regulamentação da Lei Complementar 116, de 2011, que trata do assédio moral aos trabalhadores do serviço público.
O superintendente de Gestão de Pessoas em Educação da Saúde, Renato Raso, negou que servidores que tenham participado da greve estejam sendo perseguidos e afirmou que denúncias nesse sentido serão todas apuradas. Ele afirmou também que o corte no ponto realmente aconteceu e que a recomposição salarial será feita na medida em que as horas não trabalhadas forem sendo repostas. Ele ainda informou que já estão sendo discutidas propostas de alteração nas carreiras da categoria.
O vice-presidente da Fhemig, Wagner Ferreira, disse não ter conhecimento sobre as denúncias de assédio moral e colocou-se à disposição para que se chegue a uma solução pacífica e satisfatória para todos. “Vou apurar, juntamente com SES e Seplag, isso que vocês estão dizendo. Quem me conhece como servidor do João XXIII sabe que nunca me omiti. Sempre fui aberto ao diálogo. E acredito que o governo esteja aberto a negociações”. Ele ainda assegurou que todas as denúncias de assédio moral serão respondidas pessoalmente dentro de 72 horas.
Deputados manifestam insatisfação com tratamento dado a servidores
Sendo um dos criadores do projeto que deu origem à Lei Complementar 116, o deputado Sargento Rodrigues (PDT) manifestou insatisfação quanto às denúncias feitas. Segundo ele, as perseguições a servidores grevistas configuram violação da dignidade humana e que se deve ter em vista tanto a lei complementar quanto a Lei 18.185, de 2009, que garante o direito à sindicância e à ampla defesa aos contratados que tiverem sido mandados embora sem aviso prévio. Ele teve aprovados dois requerimentos durante a reunião, um deles solicitando a apuração das denúncias por parte da Secretaria de Saúde e outro encaminhando à Seplag o depoimento dos servidores que sofreram assédio moral e se manifestaram durante a audiência.
Em apoio ao colega, o deputado Paulo Lamac (PT) disse que as denúncias são inadmissíveis e pediu a suspensão das demissões e do constrangimento aos servidores. O deputado Rogério Correia (PT) se disse impressionado com os relatos de insatisfação dos servidores e de tensão com as chefias. Para ele, o tratamento que o Governo do Estado vem dispensando aos servidores grevistas é desrespeitoso. "O choque de gestão criou mecanismos de vigilância, como o prêmio de produtividade e o acordo de resultados. O resultado disso é a desorganização e a revolta latente dos servidores com as chefias. O serviço público não funciona se não tiver uma gestão democrática", defendeu. Dois requerimentos de sua autoria foram também aprovados: um pedindo o envio das notas taquigráficas para a secretária Renata Vilhena, para o secretário de Estado de Saúde e para o governador; e o outro para envio de ofício solicitando reunião com os secretários.

Fonte: ALMG

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua participação é importante para nosso aperfeiçoamento e avaliação das demandas necessárias dos Agentes de Segurança Socioeducativos, contamos com a educação, o bom senso a o união de todos na construção de um sistema melhor e verdadeiramente eficiente.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.


LEI DO PORTE DE ARMA PARA AGENTE

Vamos participar desta campanha para que nossa categoria tenha o porte de arma estabelecido em lei, não perca tempo.

Clik na imagem para participar


Os Agentes precisam dê seu voto

Os Agentes precisam dê seu voto
Participe da Petição Pública, clik na imagem acima.