A Zona Norte de Manaus é a área da capital que mais registra crimes.
Segundo delegado, os números de casos podem ser ainda maiores.
Marina Souza
Do G1 AM
O número de casos de violência sexual contra menores de idade até setembro deste ano em Manaus é maior do que os registrados durante todo o ano de 2010. Enquanto o último ano teve 661 casos, os nove primeiros meses de 2011 já registram 694. A informação é de um balanço realizado pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e Adolescente (Depca).
No último ano, 1.124 casos de violência física e psicológica foram registrados na Depca. Até setembro de 2011, os números chegam a 886. Os casos de exploração do trabalho infantil permanecem os mesmos: quatro registros por ano. Já outros crimes como corrupção de menores, descumprimento de acordo judicial, fornecer bebida alcoólica para menores, entre outros previstos pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), já chegam a 1086 registros, contra os 795 de 2010.
O delegado-adjunto da Depca, Paulo Henrique Benelli, informou ainda ao G1 que os números de crimes contra menores de idade podem ser maiores do que os registrados atualmente. "Em casos envolvendo familiares, por exemplo, nem sempre registram ocorrência. Existe toda uma situação de constrangimento quando alguém da família comete a agressão, e acabam não falando. A maioria dos registros já é de violência crônica, quando o menor sofre diversas agressões e o familiar só é denunciado após diversas reincidências", explicou.
Os dados apontam ainda que pais ou responsáveis são os principais suspeitos em casos de agressões a menores de idade em Manaus. De acordo com o balanço, a incidência de crimes contra crianças e adolescentes é maior na Zona Norte da capital.
Os casos mais comuns são os de maus-tratos e estupro de vulnerável. A maior parte dos crimes de agressão física, de acordo com a Depca, é de abusos dos meios de correção ou de disciplina nos filhos. A pena para maus-tratos a crianças é de dois meses a um ano, caso a vítima não sofra lesão grave ou venha a óbito.
Segundo o delegado, o aumento nos registros de casos pode estar ligado a mudanças de funcionamento da Delegacia Especializada. "No último ano, a delegacia funcionava apenas 10h por dia. Hoje, ficamos aqui 24h em regime de plantão, facilitando o atendimento às vítimas", explicou.
Para combater os casos de estupro em Manaus, a Delegacia iniciou nos últimos meses um novo trabalho de inteligência. Os investigadores e delegados estudam a incidência dos casos registrados na Depca para buscar possíveis infratores. A última operação, batizada de "Cavalo de Fogo", prendeu um homem suspeito de violentar sexualmente sete crianças em Manaus. Por duas semanas, a equipe da Depca reuniu evidências de crimes com características semelhantes até encontrar o suspeito. "As operações as vezes são mais demoradas, mas têm mostrado bastante efetividade", contou Benelli. O crime possui pena de oito a 15 anos, quando sem lesão ou morte, causas de aumento de pena.
Na capital, as vítimas destes crimes passam por acompanhamento psicológico no Hospital Moura Tapajós, por meio dos serviços de atendimento às Vítimas de Abuso Sexual (Savas) e às Vítimas de Violência Sexual (Savvis). Elas também recebem apoio de assistentes sociais e do Conselho Tutelar de Manaus.
Fonte: http://g1.globo.com
Segundo delegado, os números de casos podem ser ainda maiores.
Marina Souza
Do G1 AM
O número de casos de violência sexual contra menores de idade até setembro deste ano em Manaus é maior do que os registrados durante todo o ano de 2010. Enquanto o último ano teve 661 casos, os nove primeiros meses de 2011 já registram 694. A informação é de um balanço realizado pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e Adolescente (Depca).
No último ano, 1.124 casos de violência física e psicológica foram registrados na Depca. Até setembro de 2011, os números chegam a 886. Os casos de exploração do trabalho infantil permanecem os mesmos: quatro registros por ano. Já outros crimes como corrupção de menores, descumprimento de acordo judicial, fornecer bebida alcoólica para menores, entre outros previstos pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), já chegam a 1086 registros, contra os 795 de 2010.
O delegado-adjunto da Depca, Paulo Henrique Benelli, informou ainda ao G1 que os números de crimes contra menores de idade podem ser maiores do que os registrados atualmente. "Em casos envolvendo familiares, por exemplo, nem sempre registram ocorrência. Existe toda uma situação de constrangimento quando alguém da família comete a agressão, e acabam não falando. A maioria dos registros já é de violência crônica, quando o menor sofre diversas agressões e o familiar só é denunciado após diversas reincidências", explicou.
Os dados apontam ainda que pais ou responsáveis são os principais suspeitos em casos de agressões a menores de idade em Manaus. De acordo com o balanço, a incidência de crimes contra crianças e adolescentes é maior na Zona Norte da capital.
Os casos mais comuns são os de maus-tratos e estupro de vulnerável. A maior parte dos crimes de agressão física, de acordo com a Depca, é de abusos dos meios de correção ou de disciplina nos filhos. A pena para maus-tratos a crianças é de dois meses a um ano, caso a vítima não sofra lesão grave ou venha a óbito.
Segundo o delegado, o aumento nos registros de casos pode estar ligado a mudanças de funcionamento da Delegacia Especializada. "No último ano, a delegacia funcionava apenas 10h por dia. Hoje, ficamos aqui 24h em regime de plantão, facilitando o atendimento às vítimas", explicou.
Para combater os casos de estupro em Manaus, a Delegacia iniciou nos últimos meses um novo trabalho de inteligência. Os investigadores e delegados estudam a incidência dos casos registrados na Depca para buscar possíveis infratores. A última operação, batizada de "Cavalo de Fogo", prendeu um homem suspeito de violentar sexualmente sete crianças em Manaus. Por duas semanas, a equipe da Depca reuniu evidências de crimes com características semelhantes até encontrar o suspeito. "As operações as vezes são mais demoradas, mas têm mostrado bastante efetividade", contou Benelli. O crime possui pena de oito a 15 anos, quando sem lesão ou morte, causas de aumento de pena.
Na capital, as vítimas destes crimes passam por acompanhamento psicológico no Hospital Moura Tapajós, por meio dos serviços de atendimento às Vítimas de Abuso Sexual (Savas) e às Vítimas de Violência Sexual (Savvis). Elas também recebem apoio de assistentes sociais e do Conselho Tutelar de Manaus.
Fonte: http://g1.globo.com
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