Especialistas defendem liberdade assistida, em que o infrator é alvo de análise multidisciplinar
Gabriela Sales
A superlotação e a falta de infraestrutura no atendimento aos menores podem comprometer diretamente a recuperação dos adolescentes detidos.
Para especialistas, a internação é uma medida de primeiro apoio ao infrator e, por isso, deve oferecer uma estrutura adequada. "É nesse momento que o jovem poderá identificar a ajuda que precisa. Por isso, a importância de um espaço que ele se sinta seguro", explica a ex-coordenadora do Programa Liberdade Assistida de Belo Horizonte, a psicóloga Cristiane Barreto.
O especialista em segurança pública Luiz Flávio Sapori destaca que a superlotação pode trazer problemas ainda maiores durante a ressocialização. "Esse impacto negativo pode favorecer a esse adolescente a ideia de que não existe uma recuperação ou uma eficiência na lei ".
Para a terapeuta e psicopedagoga Valéria Eugênia Silva, essa deficiência no atendimento ao jovem infrator pode resultar em delitos ainda mais graves no futuro. "Quando eles saírem da internação, o resultado pode ser desastroso, já que a revolta está ainda maior com a situação vivida", salientou.
Ainda segundo Valéria, que é especialista no atendimento em menores infratores, a família do menor também deve passar por um acompanhamento. "Se esses meninos estão nessa situação é porque eles nunca tiveram uma estrutura familiar, e isso precisa ser mudado. A ajuda da família é primordial para que esse jovem não volte para o mundo do crime", disse.
Medida. Uma das alternativas à falta de vagas está na aplicação da medida de liberdade assistida. A sanção, que também está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), determina a supervisão de uma equipe multidisciplinar durante o cumprimento da pena. "Atendimento psicológico, assistência educacional e atividades de cultura e lazer estimulam o desenvolvimento do jovem", ressalta Valéria Silva.
Segundo Sapori, a adoção da medida pode diminuir a escassez de vagas nos centros de internação no Estado. "Não resolveria o problema, mas sabemos que muitos jovens poderiam cumprir a pena através de um acompanhamento especializado", disse.
Porém, a psicóloga Cristiane Barreto pondera, ressaltando que o sucesso da medida depende da garantia do atendimento básico aos jovens. "É preciso uma supervisão eficaz de educação, saúde e assistência psicológica. Caso contrário o jovem não se sentirá amparado", salientou.
Fonte: http://www.otempo.com.br/
Gabriela Sales
A superlotação e a falta de infraestrutura no atendimento aos menores podem comprometer diretamente a recuperação dos adolescentes detidos.
Para especialistas, a internação é uma medida de primeiro apoio ao infrator e, por isso, deve oferecer uma estrutura adequada. "É nesse momento que o jovem poderá identificar a ajuda que precisa. Por isso, a importância de um espaço que ele se sinta seguro", explica a ex-coordenadora do Programa Liberdade Assistida de Belo Horizonte, a psicóloga Cristiane Barreto.
O especialista em segurança pública Luiz Flávio Sapori destaca que a superlotação pode trazer problemas ainda maiores durante a ressocialização. "Esse impacto negativo pode favorecer a esse adolescente a ideia de que não existe uma recuperação ou uma eficiência na lei ".
Para a terapeuta e psicopedagoga Valéria Eugênia Silva, essa deficiência no atendimento ao jovem infrator pode resultar em delitos ainda mais graves no futuro. "Quando eles saírem da internação, o resultado pode ser desastroso, já que a revolta está ainda maior com a situação vivida", salientou.
Ainda segundo Valéria, que é especialista no atendimento em menores infratores, a família do menor também deve passar por um acompanhamento. "Se esses meninos estão nessa situação é porque eles nunca tiveram uma estrutura familiar, e isso precisa ser mudado. A ajuda da família é primordial para que esse jovem não volte para o mundo do crime", disse.
Medida. Uma das alternativas à falta de vagas está na aplicação da medida de liberdade assistida. A sanção, que também está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), determina a supervisão de uma equipe multidisciplinar durante o cumprimento da pena. "Atendimento psicológico, assistência educacional e atividades de cultura e lazer estimulam o desenvolvimento do jovem", ressalta Valéria Silva.
Segundo Sapori, a adoção da medida pode diminuir a escassez de vagas nos centros de internação no Estado. "Não resolveria o problema, mas sabemos que muitos jovens poderiam cumprir a pena através de um acompanhamento especializado", disse.
Porém, a psicóloga Cristiane Barreto pondera, ressaltando que o sucesso da medida depende da garantia do atendimento básico aos jovens. "É preciso uma supervisão eficaz de educação, saúde e assistência psicológica. Caso contrário o jovem não se sentirá amparado", salientou.
Fonte: http://www.otempo.com.br/
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