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sábado, setembro 17, 2011

Número de adolescentes presos por tráfico cresce na RMC

Cada vez mais a realidade de jovens de baixa renda que moram nas periferias das grandes cidades é à sombra do tráfico de drogas. Atraídos pelo dinheiro aparentemente fácil, fazem uso do Estatuto da Criança e do Adolescente, que não permite uma punição mais rigorosa para quem tem menos de 18 anos, para não sofrer as consequências criminais.

Segundo dados da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Casa) o número de adolescentes presos por tráfico de drogas na Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou aumento de 21,4% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a diretora adjunta da Fundação Casa na região, Marly Moura, houve um aumento das apreensões, porém, o crescimento tem por trás o tráfico para o consumo pessoal e não como meio de subsistência ou como forma de adquiri bens de consumos, como tênis e roupas de marcas. “Essa leitura nos faz interpretar que partes dessas apreensões podem ser muito mais em virtude da utilização de drogas ilícitas que meramente a atuação da adolescência como mão de obra a serviço do tráfico”, afirma ela, apontando uma solução: “Entendemos que a nossa ação deve extrapolar os limites internos, com intervenções diretas e proposições de encaminhamentos à rede socioassistencial. Nesse caso, o investimento na educação torna-se a melhor maneira de alteração desse panorama”, diz.

De acordo com dados da instituição, de janeiro a junho foram encaminhados por tráfico para as unidades de Campinas e Americana 260 adolescentes. Esse total representa 46,9% dos 554 internos. No mesmo período do ano passado foram “apenas” 214 encaminhamentos por tráfico, o que representava 34,9% dos 612 internos.

O Levantamento Nacional do Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei, coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, também mostra que as internações cresceram 4,5% em todo o País. No Estado de São Paulo a alta foi de 9,44%. Como na RMC, o crime que mais levou os menores à Fundação é o tráfico de drogas, representando quase 35,7% das internações.


Faltam vagas para infratores


A situação verificada em Campinas e região é um grande exemplo do dilema vivido pelo Judiciário. Mesmo com esforço para a aplicação de medidas socioeducativas menos extremas nos casos de tráfico, o número de vagas para adolescentes em unidades da Fundação Casa da região já apresenta déficit, situação inédita desde o início das atividades em 2006. Nos dez centros de atendimento estão internados 496 menores infratores para 482 vagas disponíveis. Em todo o Estado, o número de internos é 8.243 para 8.210 vagas.

De acordo com Marly Moura, a internação só é sugerida nos casos mais graves, quando se constata que o adolescente gerenciava um ponto de tráfico ou em casos de reincidência. Em outras circunstâncias, como primeira apreensão e em casos de adolescentes ainda pouco envolvidos no meio criminal, geralmente, são aplicadas medidas socioeducativas menos severas, como a prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida ou mesmo com a semiliberdade. “Lógico que vai depender da gravidade do ato, da capacidade de assimilar a medida socioeducativa pelo adolescente. Analisamos caso a caso, com um olhar criterioso e técnico, mas acreditamos que a liberdade assistida tem uma importância e pode ser utilizada como alternativa à privação de liberdade”, afirma Marly.

Para ela utilizando os próprios equipamentos que os municípios podem e devem oferecer, a adolescência terá maior chance de escolhas positivas, que a conduzirá, possivelmente, a uma maturidade individual e social “à altura de uma convivência saudável consigo e com o outro”, conclui.


Fim de semana de apreensões no interior


Enquanto tenta salvar os mais jovens, o número de apreensões do tráfico continua em alta. Uma operação Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes de Campinas apreendeu, no início da semana, 150 Kg de lidocaína, substância usada na fabricação de cocaína, em uma casa no bairro Campituba, em Campinas. De acordo com a Polícia Civil, com a quantidade da substância era possível produzir cerca de 450 kg da droga. A suspeita é de que o material vinha da China e que a quadrilha a distribuía para outros traficantes da região. O dono da casa, o motorista do caminhão e outro homem responsável pelo refinamento foram presos em flagrante por tráfico de drogas e formação de quadrilha.

Fonte: http://www.gazetaregional.com.br

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