LUCAS SIMÕES
"Estamos vivendo uma verdadeira guerra". A definição é de uma dona de casa que acompanha, com medo e aflição, os frequentes duelos travados entre gangues rivais de adolescentes envolvidos com o tráfico de drogas nas ruas da cidade de Jaíba, no Norte de Minas. Esse crime motivou, segundo registros da Polícia Militar (PM), quatro execuções nos últimos 30 dias. No entanto, uma fonte da Polícia Civil contestou o dado e disse que foram dez mortes na metade desse período.
Não são poucos os moradores que, forçados, adaptaram suas rotinas por causa da onda de assassinatos. "Começa a anoitecer e eu não me arrisco a sair. Na semana passada, ouvi tiros aqui perto", disse uma dona de casa que mora há cinco anos na divisa dos bairros Veredas e Bandeirantes, onde os enfrentamentos são mais comuns.
A PM atribui a autoria dos crimes a um grupo de pelo menos 24 menores, que estão espalhados pelos bairros Veredas, Bandeirantes e Nova Esperança. Segundo o sargento Alisson Mário, que responde interinamente pelo comando do 8º Pelotão da PM de Jaíba, os adolescentes cumprem ordens de traficantes com a promessa de receberem 30% do lucro da venda de drogas. "A maior parte desse jovens não tem pais e vive situações de miséria. Eles são aliciados porque acreditam na impunidade", disse.
Ainda de acordo com o militar, todos os menores são velhos conhecidos dos policiais. "Cada um deles tem, pelo menos, cinco passagens por roubo, tentativa de homicídio ou envolvimento com o tráfico", informou. Anteontem, um adolescente de 13 anos foi assassinado com seis tiros na cidade, agravando ainda mais a sensação de medo da população. A cidade tem pouco mais de 33 mil moradores.
Apreensão. No dia 15 de junho, um mandado de busca e apreensão expedido pela juíza Elisa Eumenia Mattos Machado, da comarca de Manga, acarretou a apreensão de oito adolescentes. Porém, apenas quatro deles foram encaminhados para um centro socioeducativo de Manga - a 70 km de Jaíba. Todos os outros foram ouvidos na delegacia e liberados em seguida.
Na disputa pelo controle das bocas de fumo, os grupos armaram-se com revólveres e até metralhadoras.
Não são poucos os moradores que, forçados, adaptaram suas rotinas por causa da onda de assassinatos. "Começa a anoitecer e eu não me arrisco a sair. Na semana passada, ouvi tiros aqui perto", disse uma dona de casa que mora há cinco anos na divisa dos bairros Veredas e Bandeirantes, onde os enfrentamentos são mais comuns.
A PM atribui a autoria dos crimes a um grupo de pelo menos 24 menores, que estão espalhados pelos bairros Veredas, Bandeirantes e Nova Esperança. Segundo o sargento Alisson Mário, que responde interinamente pelo comando do 8º Pelotão da PM de Jaíba, os adolescentes cumprem ordens de traficantes com a promessa de receberem 30% do lucro da venda de drogas. "A maior parte desse jovens não tem pais e vive situações de miséria. Eles são aliciados porque acreditam na impunidade", disse.
Ainda de acordo com o militar, todos os menores são velhos conhecidos dos policiais. "Cada um deles tem, pelo menos, cinco passagens por roubo, tentativa de homicídio ou envolvimento com o tráfico", informou. Anteontem, um adolescente de 13 anos foi assassinado com seis tiros na cidade, agravando ainda mais a sensação de medo da população. A cidade tem pouco mais de 33 mil moradores.
Apreensão. No dia 15 de junho, um mandado de busca e apreensão expedido pela juíza Elisa Eumenia Mattos Machado, da comarca de Manga, acarretou a apreensão de oito adolescentes. Porém, apenas quatro deles foram encaminhados para um centro socioeducativo de Manga - a 70 km de Jaíba. Todos os outros foram ouvidos na delegacia e liberados em seguida.
Na disputa pelo controle das bocas de fumo, os grupos armaram-se com revólveres e até metralhadoras.
Internação
Situação. Jaíba não tem abrigos nem centros socioeducativos para menores em conflito com a lei. Hoje, eles são acolhidos em Manga, onde há um abrigo para acolher 12 crianças
e adolescentes.
e adolescentes.
Hora marcada
Confrontos acontecem à noite e de madrugada
A Polícia Militar informou que já reforçou o policiamento entre 21h e 1h, horário em que os duelos acontecem com mais frequência. Porém, a corporação não detalhou com quantos homens vão às ruas e nem se o reforço no policiamento acontece de segunda a segunda.
Já a Polícia Civil de Jaíba informou que tem conhecimento sobre os conflitos entre os adolescentes, mas não também revelou detalhes sobre as investigações. Apesar disso, nenhum traficante responsável pelo aliciamento dos menores foi detido.
Perfil. Segundo a conselheira tutelar Severina Dourado de Oliveira, os adolescentes envolvidos com a criminalidade não estudam, em sua maioria, e não têm famílias estruturadas.
Ainda segundo ela, o Conselho Tutelar havia encaminhado, há cerca de 60 dias, um pedido de providência para a Justiça acolher o menor F.G.C, 13. O garoto foi assassinado anteontem, antes de o pedido ser julgado pela comarca de Manga, que atende a cinco municípios. (LS)
Já a Polícia Civil de Jaíba informou que tem conhecimento sobre os conflitos entre os adolescentes, mas não também revelou detalhes sobre as investigações. Apesar disso, nenhum traficante responsável pelo aliciamento dos menores foi detido.
Perfil. Segundo a conselheira tutelar Severina Dourado de Oliveira, os adolescentes envolvidos com a criminalidade não estudam, em sua maioria, e não têm famílias estruturadas.
Ainda segundo ela, o Conselho Tutelar havia encaminhado, há cerca de 60 dias, um pedido de providência para a Justiça acolher o menor F.G.C, 13. O garoto foi assassinado anteontem, antes de o pedido ser julgado pela comarca de Manga, que atende a cinco municípios. (LS)
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