Além de atacá-la, o adolescente avisou que buscaria uma arma, pois não a deixaria sair viva da escola
Belo Horizonte — Um clima de medo e de indignação tomou conta das salas da Escola Municipal Maria Silva Lucas, no Bairro Novo Progresso, em Contagem, depois que a diretora Joana*, 56 anos, foi agredida e ameaçada de morte por um aluno de 15 anos na tarde da última quinta-feira. Pouco depois, na noite do mesmo dia, cinco integrantes de um bando da região tentaram pular o muro dos fundos da unidade para usar drogas no campo de futebol, cometer atos de vandalismo e praticar furtos. Não foi a primeira vez que o grupo invadiu o prédio, mas essa última despertou pânico, já que funcionários temiam ser uma ação do estudante agressor.
Joana* conta que foi agredida após encontrar o aluno no pátio, carregando um colega nas costas. “Eu falei: ‘Pode parar, pode voltar para sua sala’. Fui com ele para a supervisão, abri a porta e comuniquei a supervisora que o aluno estava fora da sala da aula. Ela lembrou ao estudante que ele tinha acabado de voltar de uma suspensão e ele me empurrou”, disse a diretora, que decidiu chamar a mãe do adolescente e PMs da Patrulha Escolar. “Ele saiu para um lado e eu saí para o outro. Quando eu estava entrando na minha sala, senti o chute nas minhas pernas. Pegou de raspão, mas eu poderia ter sofrido um problema de coluna”, acrescentou. Antes do chute, segundo testemunhas, o aluno gritou: “Vou te matar, vagabunda. Vou em casa pegar uma arma e você não sai viva daqui”.
O aluno foi para casa e não voltou. A mãe, que é separada do marido e cuida de uma filha portadora de necessidades especiais, foi à escola tirar satisfações com a diretora, acusando-a de perseguir seu filho. “Ele briga com os colegas e, em junho, foi parar na Delegacia de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente. Ficou suspenso por dois dias”, disse a diretora.
Na manhã de ontem, em mais uma atitude de intimidação, uma bomba do tipo usado em festas juninas foi jogada por cima do muro. O clima de violência na região é tamanha que as crianças não se assustaram, segundo a diretora, pois estão acostumadas com disparos de tiros nas imediações da escola e com traficantes soltando fogos de artifício para anunciar a chegada de drogas. Outras duas professoras da unidade já foram agredidas fisicamente por alunos. Desde o início do ano, já foram feitos 15 boletins de ocorrência relacionados à escola e envolvendo casos de vandalismo, furto e roubo.
* Nome fictício
Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br
Belo Horizonte — Um clima de medo e de indignação tomou conta das salas da Escola Municipal Maria Silva Lucas, no Bairro Novo Progresso, em Contagem, depois que a diretora Joana*, 56 anos, foi agredida e ameaçada de morte por um aluno de 15 anos na tarde da última quinta-feira. Pouco depois, na noite do mesmo dia, cinco integrantes de um bando da região tentaram pular o muro dos fundos da unidade para usar drogas no campo de futebol, cometer atos de vandalismo e praticar furtos. Não foi a primeira vez que o grupo invadiu o prédio, mas essa última despertou pânico, já que funcionários temiam ser uma ação do estudante agressor.
Joana* conta que foi agredida após encontrar o aluno no pátio, carregando um colega nas costas. “Eu falei: ‘Pode parar, pode voltar para sua sala’. Fui com ele para a supervisão, abri a porta e comuniquei a supervisora que o aluno estava fora da sala da aula. Ela lembrou ao estudante que ele tinha acabado de voltar de uma suspensão e ele me empurrou”, disse a diretora, que decidiu chamar a mãe do adolescente e PMs da Patrulha Escolar. “Ele saiu para um lado e eu saí para o outro. Quando eu estava entrando na minha sala, senti o chute nas minhas pernas. Pegou de raspão, mas eu poderia ter sofrido um problema de coluna”, acrescentou. Antes do chute, segundo testemunhas, o aluno gritou: “Vou te matar, vagabunda. Vou em casa pegar uma arma e você não sai viva daqui”.
O aluno foi para casa e não voltou. A mãe, que é separada do marido e cuida de uma filha portadora de necessidades especiais, foi à escola tirar satisfações com a diretora, acusando-a de perseguir seu filho. “Ele briga com os colegas e, em junho, foi parar na Delegacia de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente. Ficou suspenso por dois dias”, disse a diretora.
Na manhã de ontem, em mais uma atitude de intimidação, uma bomba do tipo usado em festas juninas foi jogada por cima do muro. O clima de violência na região é tamanha que as crianças não se assustaram, segundo a diretora, pois estão acostumadas com disparos de tiros nas imediações da escola e com traficantes soltando fogos de artifício para anunciar a chegada de drogas. Outras duas professoras da unidade já foram agredidas fisicamente por alunos. Desde o início do ano, já foram feitos 15 boletins de ocorrência relacionados à escola e envolvendo casos de vandalismo, furto e roubo.
* Nome fictício
Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br
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