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domingo, agosto 21, 2011

SOBRE A ADOLESCÊNCIA e AS DROGAS DIÁLOGANDO COM OS PAIS

Trabalhando com mulheres dependentes de drogas e álcool no PROMUD – Programa de atenção à mulher dependente química, no Hospital das Clínicas, e vendo a situação delicada e penosa em que chegam estas mulheres, acredito ser de extrema importância poder compartilhar com os pais algumas questões sobre o tema álcool e outras drogas, de maneira que a prevenção possa iniciar-se dentro de casa.

A grande maioria com certeza já ouviu falar em maconha, cocaína, crack, ecstasy e outras drogas, mas talvez não saibam detalhes importantes das suas características e dos seus efeitos no corpo, e o quanto o papel da família é importante para a prevenção. É importante lembrar que a prevenção começa em casa!

Tenho ficado extremamente alarmada com o relato dos adolescentes em relação a um consumo excessivo de drogas, principalmente o do álcool!

Este texto, tem como objetivo levar os pais a refletirem sobre o tema.

Boa leitura!


Vale a pena iniciar lembrando o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente a respeito do tema, lembrando a importância de não oferecer bebida alcoólica, que é uma droga lícita, antes dos 18 anos.

Alguns pais optam por oferecer um pouco de bebida alcoólica ao filho em ocasiões especiais, isto com o intuito, talvez, de evitar que o filho beba escondido, sendo esta uma decisão muito pessoal, porém, qualquer que seja a decisão, parece ser de grande importância deixar claro que a bebida é permitida apenas em situações especiais!


ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.

Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:

II - bebidas alcoólicas;

III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por utilização indevida;

Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida:

Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)


Breve Panorama do Uso de Drogas Entre os Jovens

• A idade média com que as crianças começam a fumar cigarros é de 12 anos. Experimentam álcool aos 13. E fumam o primeiro cigarro de maconha aos 14. E muitos jovens que usam drogas começam antes dos 10 anos.

• Acreditar que seu filho nunca vai se envolver com drogas é um grande perigo. Pesquisas mostram que o acesso de crianças às drogas é muito mais fácil do que os pais imaginam. Porém, não há ninguém melhor do que os pais e professores para vencer o desafio de manter um jovem longe da droga.

• Um estudo realizado pela Parceria em janeiro de 1999 em cinco capitais brasileiras mostrou que, quando um jovem se sente próximo da família tem menos chances de se envolver com álcool, cigarro e outras drogas.

• Confirmou-se o que muitos pais acreditam: primeiro, que eles podem ensinar os filhos a ver as drogas como um problema sério. Segundo, que eles podem influenciar as decisões dos filhos em idade escolar – fase em que a criança estrutura sua posição em relação às drogas.

• É importante retardar o primeiro contato com as drogas, para que este aconteça quando o indivíduo já estiver preparado para se posicionar frente a estas.


Mantendo um diálogo

• É importante conversar bastante com seu filho sobre drogas e ser claro. Estudos mostram que os filhos gostariam que os pais conversassem mais com eles.

• Os pais precisam se educar, para conversar sobre drogas, é preciso estar tão bem informado quanto seu filho. Você deve ter informações sobre as drogas mais comuns, os efeitos no cérebro e no corpo, os sintomas que provocam, as gírias e como são utilizadas. Neste sentido sugiro para pesquisa os sites do Centro Brasileiro de Drogas psicotrópicas - CEBRID (www.unifesp.br), Einstein (www.einstein.br/alcooledrogas) e Grea/USP (www.usp.br/fm/grea).

• A adolescência é um período cansativo para a família. A comunicação é complicada. Mas se conseguir fazer seu filho crescer sem beber, fumar ou tomar drogas, as chances dele manter hábitos saudáveis na vida adulta são grandes.

• A influência dos pais desde cedo pode poupar o filho de experiências negativas associadas ao uso de drogas.


Estabelecendo regras

• Estabelecer regras e limites não afasta os filhos dos pais. Eles gostam de saber que seus pais se esforçam para educá-los, muitas vezes parece insano, mas é imprescindível este esforço, os filhos precisam sentir que são investidos pelos pais, e parecem querer reafirmar-se disto a todo o momento.

• Estabelecer o que é permitido ou não, determinar um horário para voltar para casa e exigir que telefonem e digam onde estão faz com que os filhos se sintam amados e seguros.

• Não aplique penalidades que não tenham sido discutidas antes. Os castigos devem corresponder aos limites impostos, de tal forma que seus filhos entendam que há um resultado muito previsível quando uma regra é quebrada.

• As penalidades que você determina devem ser razoáveis e relacionadas com a infração.


Dando o exemplo

• No mundo adulto, a bebida é uma prática aceitável. É perfeitamente normal tomar vinho no jantar, caipirinha no almoço ou cerveja no fim de semana.

• Você estará enviando uma mensagem errada se preparar um drinque com a iintenção de aliviar a tensão ou curar uma tristeza ou beber até perder o controle.

• Pais que usam drogas colocam em risco a sensação de segurança e proteção da criança e comprometem seus códigos de moral. Não pense que eles não vão descobrir. Eles vão, e assim que isso acontecer sua autoridade e credibilidade irá para o espaço.

• Pai e mãe são o modelo mais importante e mais próximo da criança. Se eles não respeitam a lei, por que o filho deveria respeitar?


Esclarecendo sua posição

• Não julgue que seu filho conhece a sua posição sobre álcool, cigarro e drogas ilícitas. É preciso falar com ele e deixar a sua posição bem clara.

• Se você for ambíguo e pouco firme, há o risco dele querer experimentar. Diga-lhe que o proíbe de fumar, beber e usar drogas porque você se preocupa com ele. Se uma criança tem dúvidas se pode os não fumar, beber ou usar alguma droga, vai sempre se perguntar: “O que meus pais acham disso?”


Reforçando os valores

• Crianças aprendem com exemplos, com os valores que os pais demonstram por suas ações. Ficam sensibilizados quando vêem que os pais se preocupam com os outros e os respeitam dão atenção aos mais necessitados e são honestos em admitir os próprios erros. Embora saibamos que esses exemplos são importantes, não é fácil ser consistente o tempo todo. Mas devemos estar alertas. Mentiras “inocentes”, como esconder a idade, transmite uma mensagem estranha à criança. “Não é errado mentir?” Ela vai se perguntar.


Buscando momentos de encontro

• Não é sempre possível achar tempo para conversar sobre drogas com seu filho. Uma vida agitada e cheia de compromissos não facilita a convivência, porém você pode buscar incorporar alguns rituais no seu dia-a-dia.

• Pode estabelecer que, uma vez por semana, buscará seu filho na escola e juntos tomarão um sorvete. Depois do jantar ou antes de deitar, reserve alguns minutos para conversarem sobre acontecimentos do dia. Estabeleça a rotina de bater papo – a comunicação é essencial para educar uma criança contra as drogas.

Contando a história familiar

• Se sua família tem tendência a pressão alta, você diz a seus filhos que eles podem ter também. Se há um histórico de drogas, é também preciso dizer.

• Procure dar uma perspectiva positiva. Se as drogas são um problema na sua família, diga à criança que, ao ficar longe delas, evitará o sofrimento dos familiares e construirá um futuro bom.



Mônica Valente
molfvalente@uol.com.br
Tel. 3865-0200



Estas informações foram retiradas do “Guia de Prevenção para Pais e Educadores – Crescendo sem Drogas”, revista da Associação Parceria Contra as Drogas.

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