DAYSE RESENDE
Quatorze homens contratados pela Guarda Municipal de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, foram demitidos, na sexta-feira (29), por telefone. O fato, denunciado por ex-funcionários, teria acontecido depois de uma paralisação, no mês passado, em que a categoria reivindicou a melhoria das condições de trabalho e salariais.
"Foi uma surpresa para todos nós, já que há cerca de dois meses a prefeitura se comprometeu a atender algumas de nossas reivinidicações. Não esperávamos que isso fosse acontecer, pelo menos, até dezembro deste ano, que é o prazo que a administração havia nos dado. Para nós, isso foi retaliação", disse o ex-guarda Elias de Souza, de 33 anos.
Quem também ficou surpreso é Édson Silva, de 42 anos. Casado e pai de uma criança, ele teme pelo futuro de sua família. "Fomos descartados como lixo. A prefeitura municipal não mostrou respeito em relação aos nossos dez anos de comprometimento com a Guarda Municipal. Não sei como será daqui para frente, pois tenho um filho e a minha esposa está grávida. Desde sexta-feira, (29) a gente já não foi mais trabalhar", disse Édson.
Acerto
Até anteontem os ex-guardas ainda não haviam recebido o acerto pelo tempo trabalhado.
Na quinta-feira (5), uma reunião foi feita entre os ex-funcionários e o secretário de administração, Luciano Novaes. Porém, nenhuma decisão foi tomada, de acordo com Elias. "Ele nos chamou para uma conversa e esclareceu quais são os nossos direitos. Mas isso a gente já sabe. O que queremos é uma explicação para o que aconteceu", ressaltou.
A assessoria de imprensa da prefeitura não se pronunciou sobre o caso.
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Categoria insatisfeita
Informações obtidas pela reportagem dão conta de que os novos guardas, nomeados pela prefeitura, estão trabalhando com calça jeans e camisa branca. O fato, segundo servidores, estaria acontecendo porque não há verba disponível para a compra de novos uniformes.
Recentemente, a categoria denunciou a precariedade no setor. De acordo com guardas, há viaturas quebradas, o fardamento é velho e rasgado e faltam equipamentos de segurança. Além disso, desde o fim do ano passado os rádios de comunicação não estão funcionando. (DR)
Recentemente, a categoria denunciou a precariedade no setor. De acordo com guardas, há viaturas quebradas, o fardamento é velho e rasgado e faltam equipamentos de segurança. Além disso, desde o fim do ano passado os rádios de comunicação não estão funcionando. (DR)
FOTO: JOÃO LÊUS/ARQUIVO
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