Médicos alertam que cada um deve ter a sua própria garrafinha de água.
LUIZA ANDRADE
"Ei, me dá um gole da sua água?". Essa é uma frase que está sempre presente nas salas de aula, principalmente quando tem matéria importante no quadro e os alunos não podem caminhar até o bebedouro, que fica do lado de fora.
A camaradagem faz parte da rotina de muitos estudantes. Afinal, se o seu amigo lhe pede um gole dágua, por que não emprestar a garrafinha, certo? Errado.
Segundo a presidente do Comitê de Infectologia Pediátrica da Associação Médica de Minas Gerais, Andreia Luccesi, o que poucos adolescentes sabem é que, em apenas 1 mm de saliva, há mais de 150 milhões de bactérias. "Claro, a maioria delas vive em harmonia com o ambiente. Mas, e se houver apenas uma que pode fazer mal?", instiga.
Os hábitos adolescentes de camaradagem podem dar espaço para a transmissão de doenças que, em sua maioria, são assintomáticas. Isso significa que o estudante pode pegar a doença e, sem saber que é portador, disseminá-la entre os colegas. "Quando os amigos ficam doentes, o adolescente nem desconfia de que pode ter sido ele mesmo que começou o surto", afirma Luccesi.
A especialista explica que a maioria das doenças transmitidas entre os adolescentes é de infecções virais, quase sempre transmitidas pelas vias respiratórias, e não pelas mucosas. "Por mais que os jovens não troquem saliva, só de cochichar perto do outro pode transmitir vírus", diz a médica.
Para Amanda Villela, 15, levar a própria garrafa dágua para a escola é imprescindível. "Quando alguém me pede água, mando beber lá fora", brinca. Contudo, segundo a aluna, apesar dos cuidados de higiene, às vezes, é difícil ceder à pressão dos amigos. "Fico receosa, mas são pessoas que eu conheço. Eu sei como são os hábitos de higiene dos meus amigos", justifica.
O caso é ainda pior entre os garotos. Segundo Marília de Freitas Makaroun, ebiatra e psiquiatra da infância e do adolescente, essa é uma fase da vida em que as pessoas estão bastante inquietas. "São muitas as vontades, os anseios", diz. Por isso, segundo a especialista, os adolescentes, e principalmente os garotos, estão sempre mexendo nas roupas, pegando nos tênis, coçando os ouvidos. E esse "mexe remexe", somado à falta de atos básicos de higiene, como lavar as mãos, pode acabar transmitindo doenças muito mais sérias do que a simples gripe, como a hepatite B, a mononucleose (doença do beijo), a herpes ou a doença meningocócica, que causa a inflamação da membrana do cérebro e pode até levar à morte.
Infecção
Risco. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 500 mil pessoas contraem a doença meningocócica por ano, em todo o mundo, e 10% desses casos resultam em morte.
Fonte: http://www.otempo.com.br
LUIZA ANDRADE
"Ei, me dá um gole da sua água?". Essa é uma frase que está sempre presente nas salas de aula, principalmente quando tem matéria importante no quadro e os alunos não podem caminhar até o bebedouro, que fica do lado de fora.
A camaradagem faz parte da rotina de muitos estudantes. Afinal, se o seu amigo lhe pede um gole dágua, por que não emprestar a garrafinha, certo? Errado.
Segundo a presidente do Comitê de Infectologia Pediátrica da Associação Médica de Minas Gerais, Andreia Luccesi, o que poucos adolescentes sabem é que, em apenas 1 mm de saliva, há mais de 150 milhões de bactérias. "Claro, a maioria delas vive em harmonia com o ambiente. Mas, e se houver apenas uma que pode fazer mal?", instiga.
Os hábitos adolescentes de camaradagem podem dar espaço para a transmissão de doenças que, em sua maioria, são assintomáticas. Isso significa que o estudante pode pegar a doença e, sem saber que é portador, disseminá-la entre os colegas. "Quando os amigos ficam doentes, o adolescente nem desconfia de que pode ter sido ele mesmo que começou o surto", afirma Luccesi.
A especialista explica que a maioria das doenças transmitidas entre os adolescentes é de infecções virais, quase sempre transmitidas pelas vias respiratórias, e não pelas mucosas. "Por mais que os jovens não troquem saliva, só de cochichar perto do outro pode transmitir vírus", diz a médica.
Para Amanda Villela, 15, levar a própria garrafa dágua para a escola é imprescindível. "Quando alguém me pede água, mando beber lá fora", brinca. Contudo, segundo a aluna, apesar dos cuidados de higiene, às vezes, é difícil ceder à pressão dos amigos. "Fico receosa, mas são pessoas que eu conheço. Eu sei como são os hábitos de higiene dos meus amigos", justifica.
O caso é ainda pior entre os garotos. Segundo Marília de Freitas Makaroun, ebiatra e psiquiatra da infância e do adolescente, essa é uma fase da vida em que as pessoas estão bastante inquietas. "São muitas as vontades, os anseios", diz. Por isso, segundo a especialista, os adolescentes, e principalmente os garotos, estão sempre mexendo nas roupas, pegando nos tênis, coçando os ouvidos. E esse "mexe remexe", somado à falta de atos básicos de higiene, como lavar as mãos, pode acabar transmitindo doenças muito mais sérias do que a simples gripe, como a hepatite B, a mononucleose (doença do beijo), a herpes ou a doença meningocócica, que causa a inflamação da membrana do cérebro e pode até levar à morte.
Infecção
Risco. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 500 mil pessoas contraem a doença meningocócica por ano, em todo o mundo, e 10% desses casos resultam em morte.
Fonte: http://www.otempo.com.br
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