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sexta-feira, março 02, 2012

ALMG deverá pedir auditoria em dados sobre a segurança em MG

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais precisa pedir ao governador Antonio Anastasia que determine uma auditoria externa rigorosa sobre os dados estatísticos produzidos pelos órgãos estaduais de segurança pública sobre a violência em Minas nos últimos cinco anos. A sugestão foi apresentada pelo professor da PUC Minas e ex-secretário de Estado de Defesa Social, Luís Flávio Sapori, durante audiência pública conjunta das comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública, nesta quarta-feira (29/2/12).

O motivo são os indícios de manipulação das informações sobre a violência no Estado. Segundo as denúncias, trazidas aos parlamentares tanto pela imprensa quanto por policiais, comandantes de batalhões obrigam seus subordinados a “maquiarem” dados, reduzindo assim índices oficiais como homicídios e assaltos à mão armada, por exemplo. Um requerimento para essa auditoria foi elaborado durante a reunião, mas não chegou a ser aprovado porque o deputado Duarte Bechir (PMN) pediu o adiamento da votação.

Na condição de pesquisador, Sapori confirmou que “há indícios seríssimos” de que os dados sobre a violência no Estado estão sendo manipulados. Nos últimos anos, segundo ele, aumentou muito o registro de “encontro de cadáveres” em Minas, enquanto as estatísticas de “homicídios” vêm diminuindo. “Esta é uma indicação clara de que alguma coisa está errada”, disse Sapori. Sua afirmação coincide com as denúncias recebidas pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT) em seu gabinete. “A maquiagem dos dados provoca a elaboração de políticas públicas equivocadas. É preciso seriedade para tratar o problema”, afirmou o parlamentar, que é um dos autores do requerimento para a realização da audiência pública.

Luís Flávio Sapori revelou o principal motivo por trás dessa suposta manipulação de dados. Ele disse que há uma política de metas na área da segurança pública em Minas, em que são definidos limites para mais de 70 tipos de ocorrências como roubos, homicídios, agressões e outros, dentro de determinada área. A obtenção ou extrapolação dessas metas, explicou, tem implicações diretas na carreira, no salário e no prestígio dos policiais.

“Minas Gerais passou a premiar quem atendia as metas e a punir quem não as atingia”, explicou o professor. Com tristeza, ele disse que foi um dos que pensou nesse modelo, “que é muito bom, mas que agora infelizmente está vazando água”. Sapori disse que o governador precisa tomar uma atitude dura e rever essa política de metas, “para que ela não seja um transtorno para o policial que atua na ponta”.

O deputado Célio Moreira (PSDB) afirmou que Antonio Anastasia não vai se omitir nesse caso e vai punir “quem fez e quem mandou fazer a manipulação”. “Tenho certeza que o governador vai dar a resposta que a sociedade espera”, disse ele.

FONTE: ALMG

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