Animal, que estava debilitado por causa de infecção no braço e por outras doenças, sofreu parada cardíaca.
RAFAEL ROCHA
falesuper@supernoticia.com.br
Entre os 3.000 animais do zoológico de Belo Horizonte, ele era o mais popular e reinava em absoluto há quase quatro décadas. Vindo da França em 1975 ainda filhote, o gorila Idi Amin virou sensação e passou 27 anos em busca de uma parceira. Recentemente, havia ganhado a companhia de duas fêmeas, que trouxeram a esperança de reprodução em cativeiro como resposta à ameaça de extinção da espécie. Ontem, aos 39 anos, Idi morreu, às 11h, enquanto passava por um procedimento veterinário.
Era a última tentativa de salvar a vida do único gorila a viver em cativeiro na América do Sul. Ele já era considerado velho - primatas dessa espécie apresentam doenças crônicas a partir dos 30 anos - e estava com a saúde debilitada há duas semanas. Nos últimos três dias, o quadro de saúde se agravou. Anêmico e desidratado, Idi precisou receber soro na veia e ter sangue e urina coletados para exames, mas não resistiu.
O gorila sofreu duas paradas cardiorrespiratórias. Veterinários tentaram ressuscitá-lo com o uso de desfibrilador e massagem cardíaca, mas ele não teve mais forças. "É um momento difícil. Fizemos o melhor possível. O Idi foi um animal que inspirou várias gerações e entrou para o imaginário da cidade", lamentou o presidente da Fundação Zoobotânica (FZB), Evandro Xavier.
Desde sua chegada à capital, o gorila nunca teve sucesso em sua "vida amorosa" e se acostumou a ficar solitário. Em 1978, três anos após sua chegada, sua companheira Dada morreu devido a uma infecção generalizada. Passados seis anos, Idi recebeu nova namorada: Cleópatra, que veio de São Paulo. A morte atrapalhou novamente os planos de reprodução do zoológico: a gorila não resistiu a uma forte diarreia e desidratação. A chegada das gorilas Imbi e Kifta, de 10 e 11 anos, em agosto do ano passado, após uma negociação com a Fundação Aspinall, da Inglaterra, foi um alento para o animal, que até ganhou, no início da década passada, uma casa nova, que custou aos cofres municipais R$ 200 mil. O efeito foi positivo: ele assumiu seu papel de macho, comandava as fêmeas por meio de sons e se acasalou com Imbi por três vezes.
Mas a saúde do gorila já estava frágil. Desde dezembro do ano passado, Idi apresentava uma ferida que apareceu em seu braço esquerdo após ter esbarrado em sua área de manejo. Na época, a reportagem do Super Notícia apurou que o gorila estava com a saúde em risco, mas a FZB negou.
Posteriormente, ele desenvolveu uma inflamação no tornozelo direito e insuficiência renal crônica. Desde então, apresentou mudanças em seu metabolismo, o que resultou num quadro de desidratação e anemia. "Sabíamos que o óbito era uma possibilidade real", disse Xavier.
Fonte: http://www.otempo.com.br/
RAFAEL ROCHA
falesuper@supernoticia.com.br
Entre os 3.000 animais do zoológico de Belo Horizonte, ele era o mais popular e reinava em absoluto há quase quatro décadas. Vindo da França em 1975 ainda filhote, o gorila Idi Amin virou sensação e passou 27 anos em busca de uma parceira. Recentemente, havia ganhado a companhia de duas fêmeas, que trouxeram a esperança de reprodução em cativeiro como resposta à ameaça de extinção da espécie. Ontem, aos 39 anos, Idi morreu, às 11h, enquanto passava por um procedimento veterinário.
Era a última tentativa de salvar a vida do único gorila a viver em cativeiro na América do Sul. Ele já era considerado velho - primatas dessa espécie apresentam doenças crônicas a partir dos 30 anos - e estava com a saúde debilitada há duas semanas. Nos últimos três dias, o quadro de saúde se agravou. Anêmico e desidratado, Idi precisou receber soro na veia e ter sangue e urina coletados para exames, mas não resistiu.
O gorila sofreu duas paradas cardiorrespiratórias. Veterinários tentaram ressuscitá-lo com o uso de desfibrilador e massagem cardíaca, mas ele não teve mais forças. "É um momento difícil. Fizemos o melhor possível. O Idi foi um animal que inspirou várias gerações e entrou para o imaginário da cidade", lamentou o presidente da Fundação Zoobotânica (FZB), Evandro Xavier.
Desde sua chegada à capital, o gorila nunca teve sucesso em sua "vida amorosa" e se acostumou a ficar solitário. Em 1978, três anos após sua chegada, sua companheira Dada morreu devido a uma infecção generalizada. Passados seis anos, Idi recebeu nova namorada: Cleópatra, que veio de São Paulo. A morte atrapalhou novamente os planos de reprodução do zoológico: a gorila não resistiu a uma forte diarreia e desidratação. A chegada das gorilas Imbi e Kifta, de 10 e 11 anos, em agosto do ano passado, após uma negociação com a Fundação Aspinall, da Inglaterra, foi um alento para o animal, que até ganhou, no início da década passada, uma casa nova, que custou aos cofres municipais R$ 200 mil. O efeito foi positivo: ele assumiu seu papel de macho, comandava as fêmeas por meio de sons e se acasalou com Imbi por três vezes.
Mas a saúde do gorila já estava frágil. Desde dezembro do ano passado, Idi apresentava uma ferida que apareceu em seu braço esquerdo após ter esbarrado em sua área de manejo. Na época, a reportagem do Super Notícia apurou que o gorila estava com a saúde em risco, mas a FZB negou.
Posteriormente, ele desenvolveu uma inflamação no tornozelo direito e insuficiência renal crônica. Desde então, apresentou mudanças em seu metabolismo, o que resultou num quadro de desidratação e anemia. "Sabíamos que o óbito era uma possibilidade real", disse Xavier.
Fonte: http://www.otempo.com.br/
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