Adolescente acusado de agredir educadora em Contagem volta ao colégio; mãe diz que filho sofre perseguição.
KARINA ALVES
falesuper@supernoticia.com.br
A diretora da Escola Municipal Maria Silva Lucas (Caic Laguna), em Contagem, na região metropolitana, Maria Aparecida de Fátima, que há dois meses foi ameaçada e agredida por um aluno de 15 anos que a chutou após ser repreendido na sala de aula, voltou a ser alvo do menor infrator. Ontem, o adolescente foi visto armado dentro da escola, acompanhado de outros dois rapazes.
Estudantes contaram que o menor - que já havia sido transferido do colégio e deveria estar cumprindo medida socioeducativa - foi ao colégio com a intenção de matar a diretora. Alertada, Maria Aparecida se escondeu numa sala. Denunciado, o menor chegou a ser levado pela Polícia Militar a uma delegacia, mas depois de cinco horas de depoimento voltou para a casa acompanhado da mãe.
A justificativa da Polícia Civil é que não houve provas em relação à denúncia feita por alunos e por uma professora que teriam testemunhado o momento em que o estudante invadiu o Caic Laguna. A arma não foi localizada. Os rapazes que estavam com o adolescente também não foram identificados.
O menor foi apreendido em casa. Com a ajuda da mãe, ele negou que tenha ido à escola. A câmera do circuito interno que poderia ter filmado a ação foi roubada, segundo a diretora Maria Aparecida. "Meu filho não saiu de casa hoje (ontem). Eu fui ao supermercado e ele ficou cuidando da irmã", disse a mãe Cristina Conceição Nunes, de 50 anos. Ela também foi à delegacia. No boletim de ocorrência da PM consta ainda que uma adolescente, prima do infrator, teria confirmado que ele estava armado.
O caso será investigado pela Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad) de Contagem, onde o estudante ficou internado por cinco dias em setembro, como pena por ter agredido a diretora, no dia 26 de agosto. Na ocasião, ele foi filmado pela câmera de um celular agredindo a diretora.
Internação
A internação provisória do adolescente, determinada pelo Juizado da Infância e Juventude, poderia durar até 45 dias, mas ele foi liberado cinco dias depois para cumprir medida socioeducativa. Na ocasião, o juiz Elias Charbil Abdou autorizou o cumprimento medida em regime aberto, por considerar que o menor estava arrependido.
Até à noite de ontem, nem a Promotoria da Infância nem a Justiça haviam sido notificadas sobre a nova ameaça feita pelo menor.
Apesar do arrependimento demonstrado ao juiz, o adolescente não vinha cumprindo a medida disciplinar de prestação de serviços na Prefeitura de Contagem. A alegação dada pela mãe é que a prefeitura fica longe da casa da família. "Conseguimos uma vaga para ele trabalhar em uma associação aqui do bairro. Ele começa amanhã (hoje)", disse a mãe.
Tensão
Na escola Caic-Laguna, o clima ontem foi de tensão entre os funcionários. Assustada, a diretora chorou muito com medo do garoto. "Fui surpreendida com a notícia de que o viram armado na quadra. Ainda estava tentando esquecer o que aconteceu, mas não sei se vou conseguir trabalhar ou se vou ser morta dentro da escola".
Funcionário detido
O funcionário da Prefeitura de Contagem, Carlos Eduardo Oliveira, estava na casa do garoto quando a polícia chegou ao local. Oliveira teria tentado impedir que o jovem fosse levado e acabou sendo detido por desacato à autoridade. Ele foi ouvido na delegacia e liberado. A assessoria da prefeitura informou que a visita do funcionário à casa do menor estava relacionada ao cumprimento da medida socioeducativa. "Houve uma discussão com o guarda, que não entendeu o papel do servidor lá", informou a assessoria. Representantes da Secretaria Municipal de Educação de Contagem estiveram a todo momento com o estudante, ontem, após a denúncia da nova ameaça.
Menor chama mãe de burra
Quando foi levado pela Polícia Militar, o adolescente foi agressivo e chegou a fazer gestos obscenos para os jornalistas. Irritado ao ver a mãe conversar com a imprensa, o adolescente a chamou de "burra", gritando na frente de todos.
Um policial do serviço de inteligência da PM, que pediu para não ser identificado, disse que o adolescente tem pulado o muro da escola para usar drogas e, frequentemente, é visto na casa de um traficante da região. "Conseguir uma arma e se livrar dela não seria difícil para ele", afirmou o policial. No histórico escolar do adolescente, aparecem ainda outras duas agressões envolvendo estudantes, além de três advertências por indisciplina.
Segundo a coordenadora municipal de Educação de Contagem, Maristela Ribeiro, o jovem frequentava as aulas e tinha bom comportamento na nova escola para onde foi transferido. "Ele está indo muito bem. Só faltou nos últimos quatro dias". A mãe o defendeu. "A escola era longe", afirmou. (KA/JS)
Fonte: http://www.otempo.com.br
KARINA ALVES
falesuper@supernoticia.com.br
A diretora da Escola Municipal Maria Silva Lucas (Caic Laguna), em Contagem, na região metropolitana, Maria Aparecida de Fátima, que há dois meses foi ameaçada e agredida por um aluno de 15 anos que a chutou após ser repreendido na sala de aula, voltou a ser alvo do menor infrator. Ontem, o adolescente foi visto armado dentro da escola, acompanhado de outros dois rapazes.
Estudantes contaram que o menor - que já havia sido transferido do colégio e deveria estar cumprindo medida socioeducativa - foi ao colégio com a intenção de matar a diretora. Alertada, Maria Aparecida se escondeu numa sala. Denunciado, o menor chegou a ser levado pela Polícia Militar a uma delegacia, mas depois de cinco horas de depoimento voltou para a casa acompanhado da mãe.
A justificativa da Polícia Civil é que não houve provas em relação à denúncia feita por alunos e por uma professora que teriam testemunhado o momento em que o estudante invadiu o Caic Laguna. A arma não foi localizada. Os rapazes que estavam com o adolescente também não foram identificados.
O menor foi apreendido em casa. Com a ajuda da mãe, ele negou que tenha ido à escola. A câmera do circuito interno que poderia ter filmado a ação foi roubada, segundo a diretora Maria Aparecida. "Meu filho não saiu de casa hoje (ontem). Eu fui ao supermercado e ele ficou cuidando da irmã", disse a mãe Cristina Conceição Nunes, de 50 anos. Ela também foi à delegacia. No boletim de ocorrência da PM consta ainda que uma adolescente, prima do infrator, teria confirmado que ele estava armado.
O caso será investigado pela Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad) de Contagem, onde o estudante ficou internado por cinco dias em setembro, como pena por ter agredido a diretora, no dia 26 de agosto. Na ocasião, ele foi filmado pela câmera de um celular agredindo a diretora.
Internação
A internação provisória do adolescente, determinada pelo Juizado da Infância e Juventude, poderia durar até 45 dias, mas ele foi liberado cinco dias depois para cumprir medida socioeducativa. Na ocasião, o juiz Elias Charbil Abdou autorizou o cumprimento medida em regime aberto, por considerar que o menor estava arrependido.
Até à noite de ontem, nem a Promotoria da Infância nem a Justiça haviam sido notificadas sobre a nova ameaça feita pelo menor.
Apesar do arrependimento demonstrado ao juiz, o adolescente não vinha cumprindo a medida disciplinar de prestação de serviços na Prefeitura de Contagem. A alegação dada pela mãe é que a prefeitura fica longe da casa da família. "Conseguimos uma vaga para ele trabalhar em uma associação aqui do bairro. Ele começa amanhã (hoje)", disse a mãe.
Tensão
Na escola Caic-Laguna, o clima ontem foi de tensão entre os funcionários. Assustada, a diretora chorou muito com medo do garoto. "Fui surpreendida com a notícia de que o viram armado na quadra. Ainda estava tentando esquecer o que aconteceu, mas não sei se vou conseguir trabalhar ou se vou ser morta dentro da escola".
Funcionário detido
O funcionário da Prefeitura de Contagem, Carlos Eduardo Oliveira, estava na casa do garoto quando a polícia chegou ao local. Oliveira teria tentado impedir que o jovem fosse levado e acabou sendo detido por desacato à autoridade. Ele foi ouvido na delegacia e liberado. A assessoria da prefeitura informou que a visita do funcionário à casa do menor estava relacionada ao cumprimento da medida socioeducativa. "Houve uma discussão com o guarda, que não entendeu o papel do servidor lá", informou a assessoria. Representantes da Secretaria Municipal de Educação de Contagem estiveram a todo momento com o estudante, ontem, após a denúncia da nova ameaça.
Menor chama mãe de burra
Quando foi levado pela Polícia Militar, o adolescente foi agressivo e chegou a fazer gestos obscenos para os jornalistas. Irritado ao ver a mãe conversar com a imprensa, o adolescente a chamou de "burra", gritando na frente de todos.
Um policial do serviço de inteligência da PM, que pediu para não ser identificado, disse que o adolescente tem pulado o muro da escola para usar drogas e, frequentemente, é visto na casa de um traficante da região. "Conseguir uma arma e se livrar dela não seria difícil para ele", afirmou o policial. No histórico escolar do adolescente, aparecem ainda outras duas agressões envolvendo estudantes, além de três advertências por indisciplina.
Segundo a coordenadora municipal de Educação de Contagem, Maristela Ribeiro, o jovem frequentava as aulas e tinha bom comportamento na nova escola para onde foi transferido. "Ele está indo muito bem. Só faltou nos últimos quatro dias". A mãe o defendeu. "A escola era longe", afirmou. (KA/JS)
Fonte: http://www.otempo.com.br
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